A gestão tributária de uma empresa consiste em administrar todos os processos que envolvem os tributos (impostos) e o planejamento estratégico do negócio.
Ainda que a gestão tributária seja importante, devido ao alto número de impostos que devem ser conferidos, pagos e documentados, existem também outras rotinas fiscais que devem ser consideradas nesta atividade.
Entre as principais tarefas da gestão tributária estão: interpretar dados e tomar decisões em relação ao setor fiscal da empresa; evitar e corrigir erros no cumprimento de obrigações; identificar oportunidades de economia e inteligência tributária Tudo isso deve ser feito de forma lícita para evitar multas por pagamentos indevidos de tributos ou pela falta de pagamento em razão de um planejamento deficitário.
Para deixar isso mais claro, a seguir você pode conferir detalhadamente a importância e o impacto da gestão tributária empresarial e as formas como a tecnologia ajuda a deixar as rotinas que envolvem todo esse processo muito mais eficientes e com menos chance de erros.
O que é preciso para trabalhar gestão tributária?
Para trabalhar gestão tributária de uma empresa é fundamental conhecer a legislação específica para o seu nicho de negócio, considerando todas as obrigações fiscais.
O não cumprimento da lei pode ocasionar multas pesadas e sanções que colocam em risco a reputação e o funcionamento de uma empresa.
Nas rotinas de quem faz a gestão tributária de uma empresa, os softwares para gestão têm um papel fundamental. Isso porque a tecnologia pode otimizar e aperfeiçoar os processos.
Um relatório Doing Business, publicado pelo Banco Mundial em 2020, destaca que o Brasil é o local onde é gasto mais tempo para se trabalhar com questões tributárias.
Com inúmeros tributos, entre taxas, impostos e contribuições, em âmbito federal, estadual e municipal, que oneram a atividade empresarial, as soluções tecnológicas são fundamentais para auxiliar as equipes administrativas a terem uma gestão mais ágil e assertiva.
Regimes tributários no Brasil
No Brasil existem três tipos de regime de atuação: simples nacional, lucro presumido e lucro real.
- Simples Nacional: unifica os impostos em uma só via. Tem menos custos, mas possui limite de faturamento e outras restrições. É o enquadramento dos Microempreendedores Individuais, Microempresas ou Pequenas Empresas
- Lucro Presumido: a apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) possuem uma base de cálculo estabelecida pela legislação. A margem de lucro estabelecida é específica, mudando de acordo com a atividade desempenhada pela empresa.
- Lucro Real: tributos incidem sobre o lucro real da empresa, que é utilizado como base para o cálculo do IRPJ e CSLL
Existem dois momentos em que o empreendedor pode escolher o regime tributário com o qual deseja atuar: na abertura do negócio e a cada virada de exercício fiscal, que acontece nos meses de janeiro.
Como uma boa gestão tributária pode ajudar os negócios?
A urgência e a correria do dia a dia, podem fazer com que muitas empresas atuem com o cumprimento e o recolhimento dos tributos de forma imprecisa ou incorreta.
No entanto, é importante saber que justamente por meio de uma gestão tributária assertiva que empresas conseguem reduzir custos, ganhar competitividade no mercado, e investir em expansão.
Uma gestão tributária bem feita pode, por exemplo, gerar a isenção de PIS e COFINS na exportação de serviços, de acordo com uma determinação da Receita Federal.
Também é possível garantir isenções na não incidência do ISS na exportação de Serviços e no ICMS da exportação de mercadorias.
Ao reduzir custos com impostos, o capital liberado pode ser utilizado pelas empresas para investir na melhoria do negócio.
Diante de uma economia cada vez mais competitiva, qualquer redução de custos pode ser significativa para o planejamento do negócio.
O que as micro e pequenas empresas precisam saber sobre gestão tributária?
As questões tributárias se iniciam logo na abertura do CNPJ. Por isso, é preciso ficar atento ao regime tributário no qual a empresa se enquadra.
Caso o empresário não tenha domínio de todas as atividades tributárias, e nem o suporte de uma equipe administrativa, recomenda-se que ele conte com a ajuda deum contador nesse processo.
Como estruturar um planejamento tributário?
Para começar um planejamento tributário é preciso reunir todos os dados do negócio. Nessa etapa você pode contar com apoio de um contador ou até mesmo de uma equipe administrativa da empresa.
Para isso, o empresário precisará de informações, como: faturamento, compras, serviços tomados pela empresa; despesas operacionais; margens de lucro por atividade econômica; investimentos, fontes de recursos e quadro societário.
Esses dados devem acompanhar documentos sobre a estrutura da empresa, enquadramento tributário, todas as atividades do negócio e listagem de atividades administrativas, contábeis e financeiras.
Quanto mais informações, mais segura a empresa estará quanto às obrigações que devem ser seguidas para o pagamento de impostos.
Leia também: Demonstração de Resultados do Exercício (DRE): o que é e como interpretar?
Tecnologia para a gestão tributária
Um estudo de 2021 realizado pelo Banco Mundial revelou um dado alarmante: as empresas brasileiras gastam entre 1.483 e 1.501 horas por ano para preparar, declarar e pagar impostos. Isso é mais do que em qualquer outro país do mundo!
Diante dessa realidade, o apoio da tecnologia se torna essencial, porque softwares de gestão ERP ajudam a dar ordem ao caos: com eles é possível padronizar processos, evitando erros e incorporando no dia a dia práticas importantes não só para o cumprimento das leis tributárias, mas para a gestão empresarial como um todo.
Além disso, documentos e movimentações podem ser facilmente registrados nesses sistemas, tornando esta uma forma prática de registrar, documentar e acessar as movimentações da empresa.
Leia também: Como um sistema de gestão proporciona uma gestão lean do negócio?
Benefícios da tecnologia para a gestão tributária
A implementação de soluções tecnológicas, como um sistema ERP, apresenta inúmeras vantagens no que diz respeito à otimização da gestão tributária nas empresas. Entre essas vantagens, destacam-se:
- Visão geral dos dados: com os processos automatizados, as equipes conseguem ganhar ritmo e agilidade na operação, além de conquistar uma visão geral dos gastos da companhia. A falta de organização e visualização dos gastos podem afundar a margem de lucro de uma empresa, por isso a relevância de acompanhar painéis com os principais indicadores financeiros.
- Equipes orientadas a objetivos estratégicos: Investir em tecnologia para gestão tributária significa que o tempo utilizado em tarefas operacionais pode ser agora aproveitado para alcançar metas estratégicas do negócio.
- Decisões assertivas e ágeis: A economia de tempo e produção de dados e indicadores confiáveis viabiliza a tomada de decisões mais assertivas em tudo que envolve o planejamento da empresa e as questões tributárias envolvidas.
É importante também destacar que, no cenário de negócios, a gestão tributária eficiente vai além de estar em dia com as questões tributárias.
Isso porque gestores e empresários devem estar atentos para importância de ter acesso e controle das receitas e despesas em momentos de tomada de decisão.
Por meio de um sistema de gestão, é possível ter informações atualizadas em tempo real de diversas áreas de sua empresa, o que garante mais agilidade nos ajustes de despesas, inserção de boas práticas administrativas, especialmente em momentos de crise.
Já em momentos de expansão dos negócios, a tecnologia de um ERP na gestão dos tributos proporciona ganhos de escala e competitividade ao auxiliar no mapeamento das condições necessárias para o sucesso da empresa.
Portanto, diante de um cenário de negócios cada vez mais desafiador, custoso e burocrático do ponto de vista tributário, ter o apoio de tecnologia para automatizar processos é uma prioridade para quem deseja se manter competitivo.
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